>DA NEBULOSA PROTO-SOLAR HOMOGÉNEA A UM SISTEMA SOLAR HETEROGÉNEO
Não podendo as diferenças de composição encontradas entre os planetas telúricos e os gigantes gasosos serem explicadas por heterogeneidades na nebulosa proto-solar, há que procurar uma explicação nos processos evolutivos subsequentes.
Após o colapso gravítico da maior parte da matéria inicialmente existente nesta nebulosa para formar a nossa estrela (ver o Energia Solar ), passou a existir um forte gradiente térmico entre as zonas mais centrais que, por estarem mais perto do Sol, estavam mais quentes e as zonas mais externas e frias. Este gradiente térmico leva a que os materiais que vão começar a condensar a partir da nebulosa proto-solar vão ser substancialmente diferentes consoante a distância a que se formam do Sol recém-formado; se nas zonas mais quentes apareceram as ligas de ferro e níquel e os silicatos ricos em magnésio (e.g. olivinas e piroxenas), nas zonas mais frias a água tornou-se um componente fundamental.