>ANÉIS DE SATURNO - 350 anos de estudos
Embora nos últimos 30 anos tenha sido possível demonstrar que também Júpiter, Úrano e Neptuno estão rodeados por sistemas de anéis muito ténues, a bem definida cintura existente em torno de Saturno torna-o um caso distinto no Sistema Solar.
Inicialmente considerada como uma cintura de material sólido, a partir de meados do século XIX que começou a tornar-se evidente que os anéis eram constituídos por partículas, que actualmente se sabe irem desde poeiras microscópicas até alguns blocos quilométricos. Todo este material se encontra disperso em torno de Saturno formando anéis que, apesar de apresentarem diâmetros que podem atingir os 275 000 quilómetros, têm apenas algumas centenas de metros de espessura; por isto, apesar da aparência imponente dos anéis eles são formados por muito pouco material e, se comprimidos num único corpo, este não teria mais de 100 km de diâmetro e seria formado essencialmente por gelo com uma pequena percentagem de materiais rochosos.
Apesar da enorme quantidade de dados acumulados desde o século XVII sobre os anéis de Saturno, a sua origem permanece controversa. Se alguns modelos defendem que eles poderiam ter-se originado nas fases iniciais de formação de Saturno há cerca de 4 800 milhões de anos, outros pensam que o sistema de anéis não é estável sendo constantemente regenerado, talvez pela fracturação dos satélites e dos fragmentos maiores.